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quarta-feira, 10 de maio de 2006

Seu cheiro revela... você!


Cheiro de chuva molhando a terra, da brisa que vem do mar, da pele. Os cheiros que sentimos são agentes provocadores de imagens, sentimentos e memórias, e isso acontece porque a memória e o sentido do olfato são processados numa mesma parte do nosso cérebro.
Usar um perfume é, portanto, uma arma muito eficaz, que pode evocar sua presença mais fortemente do que uma fotografia, porque faz reviver a emoção que você provoca. Na verdade, é uma maneira consciente de deixar sua marca, de reforçar sua presença e associá-la a boas coisas.
Segundo especialistas no ramo de perfumaria, é impossível para o ser humano se apaixonar por uma pessoa que cheire de um modo que não agrada. No entanto, é possivelmente fácil se apaixonar por alguém que, à primeira vista, você ache feio ou feia...
A questão do que é ou não agradável, em se tratando de olfato, é bem mais individualista do que na visão, em que convenções sociais influenciam bastante o gosto. Odores que para alguns podem ser infernais, para outros evocam o paraíso.
O cheiro tem um efeito dramático no desejo sexual: os feromônios – que deriva do grego e, muito apropriadamente, significa “transferir excitação” -, é produzido pelo organismo de todos os animais e é uma espécie de “mensagem” olfativa natural do corpo. Serve para provocar reação no sexo oposto.
Bons exemplos para entendermos sobre feromônios e as reações que provocam, são os gatos. Quando um gato faz xixi pela casa, está espalhando seus feromônios, deixando o seu recado e demarcando território. Já a gata no cio, libera seus feromônios convidativos que podem ser detectados pelos parceiros em potencial num raio de muitos metros de distância.
Nos humanos, o feromônio é responsável pela “química” entre casais. O corpo muitas vezes não precisa “dar sinais”, mas o outro percebe, sente a presença do parceiro, mesmo que não esteja usando perfumes importados. O corpo produz um cheiro próprio, único e basta estar perto de quem se ama para sentir o “lance da pele”, quando os corpos se atraem, se unem.
O perfume, neste caso, é um acessório a mais na conquista e na presença, revelando muito da personalidade alheia. A capacidade das poções perfumadas de conjurar mágica afrodisíaca e de atuar no espírito, como ingredientes convencionais ou não, é conhecida há milênios.
Fatores culturais e de época, além do gosto pessoal, influenciam a preferência por determinado tipo de fragrância. Até os nomes dos perfumes, sempre sugestivos, variam ao longo do tempo e procuram indicar um estado de espírito, sensação ou emoção que combine com a auto-imagem de quem usa.
A relevância histórica dos perfumes se mede também pelas fortunas que foram feitas no importante comércio de especiarias, plantas, ervas e óleos raros. Segundo pesquisas, somente no ano de 2005, o mercado de perfumes no Brasil movimentou mais de 2 milhões de reais.Mesmo assim, cabe dizer que os perfumes são uma espécie de gênio da garrafa, capaz de garantir os mais estranhos desejos. Porém, felizmente, tem poder de conceder bem mais do que apenas três desejos.