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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Será que desaprendemos a ser tristes?

   Parece que vivemos uma euforia constante. Aliás, não só constante, mas compartilhada nas redes sociais. 

  1. E com toda essa felicidade sendo escancarada a todo minuto, não existem mais mistérios sobre alguém. Você faz uma rápida busca na internet e fica sabendo onde a pessoa está, mora, trabalha, estuda, quais atividades pratica, o que comeu no jantar, e se estiver passando mal, ela ainda coloca no seu perfil o tal do "sentido-se... MAL" e a localização "Hospital da Unimed". Se você der sorte - se é que isso é sorte rsrs -, vai saber até que roupa a pessoa esta vestindo no momento – no caso de ser seguidor de selfies, claro!.
     Ainda guardo e pratico ações como ficar isolada em algum canto com aquela seleção de músicas para chorar as mágoas.  Ali que refletia e esgotava qualquer dor e assim ainda o faço. E de algum modo, essa exploração de sentimentos trazia melhora, evolução, um pingo de autoconhecimento e um alívio  indescritível para um coração amargurado. Mas a introspecção vem assumindo ares de estranheza. E isso me preocupa.
     Entendo que a juventude ainda seja um momento de imensas descobertas. Onde se aprende a lidar com a rejeição, desejos não atendidos, as primeiras decisões importantes sobre o futuro. Então por que os conflitos vividos hoje parecem tão exagerados e desnecessários?
     Diante da ditadura da felicidade virtual que estamos convivendo/assistindo, como estamos lidando com nossas frustrações?
stamos encarando este mundo onde a vida de todos parece ser tão perfeita? Para onde estamos canalizando nossa tristeza natural? Estaríamos sufocando nossos sentimentos?
     O turbilhão de informações sobre tantas pessoas, não raro, nos fazem crer que sabemos muito. De fato até sabemos muitas coisas, mas apenas o que é aceitável de se mostrar. 
     O que há por trás do dispositivo de cada câmera? O que mora nos bastidores do não revelado? Estamos interessados em saber? A sensação é a de que estamos preferindo ficar no raso. 
     Até que ponto estaríamos dispostos a nos comprometer, compartilhar e dividir o não publicável?
     Seguimos guiados pelos likes, na ilusão de que as curtidas sejam a recompensa que buscamos, quase tão loucamente quanto o utópico e constante estado de felicidade. Quase tão desesperadamente quanto perseguimos o reconhecimento alheio. Quase tão estranhamente quanto lutamos para camuflar nossa aflição, já que não sabemos mais ser tristes.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Amar faz toda a diferença

Sempre achei meio piegas dizer que faltam
palavras para expressar o que a gente sente, porque até então as palavras sempre saíram de mim mais rápido do que as podia perceber ou escolher. Mas com quem você ama sempre é diferente. 

Tenho aprendido que quanto maior o desejo de manifestar o carinho por alguém, mais complicado se torna escolher as palavras certas.

Quem a gente ama é essa diferença, torna o sono mais tranquilo, preenche nossos dias.  Traz um novo sentido à vida. Não que a gente já não tivesse alguns bons, claro!, mas o que vem com o amor é mais legítimo, mais feliz. 

Amar e ser amada é um sonho possível, acredite, e tenho certeza que é isso que torna aquele alguém tão especial. 

Com quem amamos, aprendemos que a felicidade mora na simplicidade. Seja dos sentimentos, seja do modo de encarar as coisas.

Descobre-se a alegria nas besteiras que podemos dizer um ao outro sem nem medir as consequências, porque tudo sempre é perdoado. 

A alegria deste encontro também está presente no jantar que compartilhamos e até no desarrumado que fica nossa vida, porque nada era mais triste do que ver tudo exatamente igual.

O que estou tentando dizer é que quem amo me faz bem. É esse mesmo bem que desejo a você, em sua vida. Seja feliz, permita-se amar e ser amada, porque do resto... a vida se encarrega.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Você sabe do que as mulheres gostam?

Na boa, existe mulher que gosta de ser tratada como um pedaço de carne? Não acredito. Impossível!!!

Os homens - com raras, raríssimas exceções -, precisam aprender uma coisinha. Nós, mulheres, desejamos ser amadas, bajuladas, tratadas como divas e não como um lanchinho do "Mc Donalds".

Acredite ou não, foi isso que um amigo me disse em uns daqueles bate-papos de msn de gente que não tem sono e que atravessa madrugadas entendiantes. Pra completar, eu num dia daqueles de puro desânimo com o sexo masculino. Então, numa resposta ao meu desabafo, o amigo postou:

– Você tem razão, a maioria dos caras é assim mesmo, olha pra “mina” e enxerga um lanchinho do Mc DonaldsSorry, por te dizer isso, mas é a real.

É claro que depois, para tentar consertar "a coisa", ele acrescentou algo como o clássico:

– Mas eu não sou assim não tá? Você pode não acreditar, mas sou diferente.

Porém, a verdade já tinha sido confirmada e não havia mais nada que pudesse melhorar sua situação, como homem. O complemento da frase desanimou ainda mais. Em parte, até reafirmou a besteira dita.

Está errado quem diz que toda mulher gosta de homem malandro e safado. Isso é coisa de "dedo podre", mas esse assunto trataremos em outro texto.

Mulher que se ama primeiramente, não resiste a um cara educado, inteligente, charmoso e que a faça sentir-se única. Na realidade, eis o segredo dos grandes e verdadeiros conquistadores. É tão óbvio, porque será que eles não aprendem???

Somos previsíveis até demais.


Sinceramente, não acho as mulheres, no geral, tão complicadas assim. Essa frase pra mim é puro senso comum e não faz muito sentido.

Que mulher resiste uma gentileza como ganhar um bombom, assim do nada? Que mulher não adora ser surpreendida com uma ligação no meio do dia? Um abraço gostoso, um elogio??? Quem resiste?

Com toda sinceridade, não conheço nenhuma mulher que despreze o valor de um mimo, de um carinho incondicional.



Homens, parem com suas propostas indecentes!!! Cantadas não, por favor! São ridículas. Sejam mais gentis, sejam cavalheiros. Estejam atentos aos detalhes, às datas, às músicas especiais.

Controlem seus impulsos sexuais para os momentos certos, se tiver que acontecer que seja naturalmente. Não forcem a barra. Isso é chato. Muito chato. Queremos que vocês entendam nossos motivos, somos diferentes.

Se não falarmos com vocês, se não olharmos na cara é porque estamos magoadas. Nesse caso, tudo o que mais queremos é que nos peçam desculpas ou pelo menos perguntem o que nos aflige. Não viramos a cara a toa, somos muito doces para isso. Deixem o egoísmo de lado e tornem-se mais amigos, companheiros.

Sim, nós demoramos a ficar prontas pra sair de casa. Então tenham paciência, pois como disse o Jabour, vai dizer que a produção não vale a pena no final? Pense no grande prazer em estar acompanhado de uma mulher linda e perfumada. Ah, e reparem nos detalhes, são importantes. Afinal, tudo é para agradar vocês.

Preocupem-se menos em impressionar com um carro potente. Isso não tem a importância que acreditam ter.

Nós rimos da cara daqueles que fazem competição com o volume do som ou que passam por um grupo de mulheres acelerando os motores achando que isso irá impressionar ou provar sua virilidade. Comportamento patético. E a única coisa que prova, é que há falta de conteúdo.

Somos dóceis, mas vocês precisam aprender que dia de TPM é dia de TPM. Então, ofereçam um colinho, alisem nossos cabelos, levem café na cama. Sempre funciona. Uma dose de romantismo e gentileza não faz mal a ninguém.

Fazemos tudo por vocês, enfrentamos sessão de depilação, aprendemos a cozinhar seu prato preferido, algumas lavam até suas cuecas (cruzes!).

Então, por  favor, nada de grosserias como arroto após um gole de Coca–Cola, e coisas do tipo. Isso acaba com qualquer possibilidade de admiração. Sejam civilizados, é o mínimo que podem fazer por nós. E é o mínimo que esperamos.

Mulheres são meigas, carinhosas, atenciosas. Mas esses comportamentos precisam ser cultivados, merecidos.

Temos necessidade de segurança para nos entregarmos, então proporcionem isso e faremos vocês felizes. Afinal, damas já nascem maravilhosas, a única coisa de que precisam é sentirem-se amadas e respeitadas para que sua feminilidade aflore, naturalmente.