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quarta-feira, 5 de julho de 2017

Existo, logo... posto!

Não temos mais interesse na vida real. 


Iniciamos um assunto, seja ele trivial ou realmente importante e, dez segundos depois, o indivíduo já dispersou da conversa. Da noite para o dia nos vimos feito bobos falando para o nada. 

Faça o teste. Experimente contar uma história com mais de 140 caracteres. Pare na metade do assunto e espere pra ver se alguém percebe que ela ficou pela metade. Verás que raramente alguém se manifesta.

Viver tornou-se menor do que uma postagem em rede social. Existo, logo... posto! 

Sem perceber como e quando, nós incorporamos este mundo virtual onde só existimos se postamos algo. E para não ser esquecido e completamente ignorado da vida social, o ser humano se rende a essa extrema exposição do cotidiano e dos sentimentos. 



Será que isso é fruto do fato de não ter mais com quem compartilhar o dia a dia? Não sei. Mas torço para que não.

Existe tanto assunto inteligente, interessante na vida real para ser discutido, debatido que me  recuso a acreditar que as pessoas valorizem a audiência que uma bobagem que alguém posta em rede. Difícil aceitar que nosso valor seja medido pela quantidade de likes e compartilhamentos que recebemos na web. 

No entanto, assim somos “vistos” no mundo.  E no dia seguinte talvez alguém comente sobre a postagem do dia anterior e você consiga estender o assunto até uns 200 caracteres – não se anime muito, não está fácil pra ninguém competir com um celular conectado a um bom 3G/4G.

Nunca tivemos tantas pessoas sabendo de nós pela web e ao mesmo tempo nunca nos sentimos tão solitários no mundo. Esta é a realidade.

Nossa timeline parece uma competição de demonstrações de amor, felicidade, amizade e devoção. Mas pouca parte disso se manifesta no mundo real. Não me admira o índice de suicídios que vimos por aí. Especialistas no assunto dizem que um suicida dá pelos menos 16 sinais de que está passando por graves dificuldades emocionais. Mas quem é que enxerga?

Se não participamos ativamente de nenhum grupo no WhatsApp, não temos seguidores no Instagram ou no Facebook, então, nos tornamos ermitões desinformados e solitários. 

O consumo compulsivo de novas mídias é assustador, porém compreensível. Buscamos aqui, na palma de nossa mão, a amizade que se perdeu, quem nos ouça, nos compreenda, se interesse pelo que temos a dizer, alguém que reconheça nosso valor no mundo, que nos dê conselhos sobre a vida, divida suas angústias, nos diga o quanto somos queridos em nosso aniversário, repare na nossa roupa nova, na unha bem feita ou no corte de cabelo. Ai, ai...

Amizade virtual, felicidade virtual, vida virtual. 



Vive-se para ter o que mostrar na rede sobre a própria existência porque, pra grande parte de nós, viver tornou-se imensamente menor do que postar. Enquanto na vida real é raro encontrar uma agenda disponível para uma cerveja, na virtual sempre terá alguém conectado pra curtir aquilo que postamos. 

E a menos que se pague terapia para ter alguém que nos ouça, a internet parece ser o que nos resta.

Será que isso tem volta? Espero que sim! 

Enquanto isso, sigo aceitando convites dos amigos para tomar umas cervejas, em um plano bem real, tá?!? 😉

terça-feira, 4 de julho de 2017

Dê valor ao que realmente importa!

A vida a dois não é uma maravilha, beleza tal qual muitos pintam, cantam e fazem poesia. Aliás, difícil imaginar uma poesia/poema com um trecho narrando ou buscando rima para brigas, desentendimentos. 



Às vezes o que o outro precisa é apenas de alguém para lhe ouvir e, naquele momento, ter a certeza de que você só tem isso com quem lhe quer bem e não há alguém que deseja mais isso do que quem te ama verdadeiramente.

Amor nada tem a ver com dependência, apego, costume, acomodação. Amar não é um verbo para ser conjugado sozinho e tão pouco significa inércia. Amor é movimento constante, é transformar o seu mundo para receber o outro e fazer dele ainda melhor para que juntos, possam viver o que há de melhor no "querer bem". É ceder, compartilhar, dividir, somar, enfim, tudo que nos faça melhor enquanto ser humano em nosso benefício, mas também pelo o outro.


A vida é feita de momentos sim. Alguns extremamente maravilhosos, outros nem tanto assim. Mas faz parte de um todo e cabe a nós decidir o que pesará mais na balança de nossas vidas: tudo que nos fez felizes ou aquelas pequenas coisas que tentaram nos deixar pra baixo, tristes. Na realidade, os fatos têm a dimensão da importância que você dá a eles. A escolha é tão somente sua.


De tudo, apenas não temos o direito de nos sentir tristes por causa de alguém. Jamais culpe o outro por você estar se sentindo infeliz. Não transfira a responsabilidade, o compromisso de ser e sentir-se feliz para o outro. O propósito de alguém estar na sua vida, certamente, não é esse. Sentir-se feliz com o outro é fruto do que plantam juntos, resultado do que foi cultivado, cuidado para dar certo.

A verdade, e algo que levamos tanto tempo para descobrir é que somos muito diferentes. E talvez esteja aí toda a magia que faz o mundo ficar colorido quando estamos juntos, as tristezas desaparecerem como num piscar de olhos apenas com um sorriso do outro e aquela tão sonhada paz estar ali, bem nos seus braços, onde nos seus abraços me sinto tão bem, tão eu.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Será que desaprendemos a ser tristes?

   Parece que vivemos uma euforia constante. Aliás, não só constante, mas compartilhada nas redes sociais. 

  1. E com toda essa felicidade sendo escancarada a todo minuto, não existem mais mistérios sobre alguém. Você faz uma rápida busca na internet e fica sabendo onde a pessoa está, mora, trabalha, estuda, quais atividades pratica, o que comeu no jantar, e se estiver passando mal, ela ainda coloca no seu perfil o tal do "sentido-se... MAL" e a localização "Hospital da Unimed". Se você der sorte - se é que isso é sorte rsrs -, vai saber até que roupa a pessoa esta vestindo no momento – no caso de ser seguidor de selfies, claro!.
     Ainda guardo e pratico ações como ficar isolada em algum canto com aquela seleção de músicas para chorar as mágoas.  Ali que refletia e esgotava qualquer dor e assim ainda o faço. E de algum modo, essa exploração de sentimentos trazia melhora, evolução, um pingo de autoconhecimento e um alívio  indescritível para um coração amargurado. Mas a introspecção vem assumindo ares de estranheza. E isso me preocupa.
     Entendo que a juventude ainda seja um momento de imensas descobertas. Onde se aprende a lidar com a rejeição, desejos não atendidos, as primeiras decisões importantes sobre o futuro. Então por que os conflitos vividos hoje parecem tão exagerados e desnecessários?
     Diante da ditadura da felicidade virtual que estamos convivendo/assistindo, como estamos lidando com nossas frustrações?
stamos encarando este mundo onde a vida de todos parece ser tão perfeita? Para onde estamos canalizando nossa tristeza natural? Estaríamos sufocando nossos sentimentos?
     O turbilhão de informações sobre tantas pessoas, não raro, nos fazem crer que sabemos muito. De fato até sabemos muitas coisas, mas apenas o que é aceitável de se mostrar. 
     O que há por trás do dispositivo de cada câmera? O que mora nos bastidores do não revelado? Estamos interessados em saber? A sensação é a de que estamos preferindo ficar no raso. 
     Até que ponto estaríamos dispostos a nos comprometer, compartilhar e dividir o não publicável?
     Seguimos guiados pelos likes, na ilusão de que as curtidas sejam a recompensa que buscamos, quase tão loucamente quanto o utópico e constante estado de felicidade. Quase tão desesperadamente quanto perseguimos o reconhecimento alheio. Quase tão estranhamente quanto lutamos para camuflar nossa aflição, já que não sabemos mais ser tristes.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Amar faz toda a diferença

Sempre achei meio piegas dizer que faltam
palavras para expressar o que a gente sente, porque até então as palavras sempre saíram de mim mais rápido do que as podia perceber ou escolher. Mas com quem você ama sempre é diferente. 

Tenho aprendido que quanto maior o desejo de manifestar o carinho por alguém, mais complicado se torna escolher as palavras certas.

Quem a gente ama é essa diferença, torna o sono mais tranquilo, preenche nossos dias.  Traz um novo sentido à vida. Não que a gente já não tivesse alguns bons, claro!, mas o que vem com o amor é mais legítimo, mais feliz. 

Amar e ser amada é um sonho possível, acredite, e tenho certeza que é isso que torna aquele alguém tão especial. 

Com quem amamos, aprendemos que a felicidade mora na simplicidade. Seja dos sentimentos, seja do modo de encarar as coisas.

Descobre-se a alegria nas besteiras que podemos dizer um ao outro sem nem medir as consequências, porque tudo sempre é perdoado. 

A alegria deste encontro também está presente no jantar que compartilhamos e até no desarrumado que fica nossa vida, porque nada era mais triste do que ver tudo exatamente igual.

O que estou tentando dizer é que quem amo me faz bem. É esse mesmo bem que desejo a você, em sua vida. Seja feliz, permita-se amar e ser amada, porque do resto... a vida se encarrega.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Você sabe do que as mulheres gostam?

Na boa, existe mulher que gosta de ser tratada como um pedaço de carne? Não acredito. Impossível!!!

Os homens - com raras, raríssimas exceções -, precisam aprender uma coisinha. Nós, mulheres, desejamos ser amadas, bajuladas, tratadas como divas e não como um lanchinho do "Mc Donalds".

Acredite ou não, foi isso que um amigo me disse em uns daqueles bate-papos de msn de gente que não tem sono e que atravessa madrugadas entendiantes. Pra completar, eu num dia daqueles de puro desânimo com o sexo masculino. Então, numa resposta ao meu desabafo, o amigo postou:

– Você tem razão, a maioria dos caras é assim mesmo, olha pra “mina” e enxerga um lanchinho do Mc DonaldsSorry, por te dizer isso, mas é a real.

É claro que depois, para tentar consertar "a coisa", ele acrescentou algo como o clássico:

– Mas eu não sou assim não tá? Você pode não acreditar, mas sou diferente.

Porém, a verdade já tinha sido confirmada e não havia mais nada que pudesse melhorar sua situação, como homem. O complemento da frase desanimou ainda mais. Em parte, até reafirmou a besteira dita.

Está errado quem diz que toda mulher gosta de homem malandro e safado. Isso é coisa de "dedo podre", mas esse assunto trataremos em outro texto.

Mulher que se ama primeiramente, não resiste a um cara educado, inteligente, charmoso e que a faça sentir-se única. Na realidade, eis o segredo dos grandes e verdadeiros conquistadores. É tão óbvio, porque será que eles não aprendem???

Somos previsíveis até demais.


Sinceramente, não acho as mulheres, no geral, tão complicadas assim. Essa frase pra mim é puro senso comum e não faz muito sentido.

Que mulher resiste uma gentileza como ganhar um bombom, assim do nada? Que mulher não adora ser surpreendida com uma ligação no meio do dia? Um abraço gostoso, um elogio??? Quem resiste?

Com toda sinceridade, não conheço nenhuma mulher que despreze o valor de um mimo, de um carinho incondicional.



Homens, parem com suas propostas indecentes!!! Cantadas não, por favor! São ridículas. Sejam mais gentis, sejam cavalheiros. Estejam atentos aos detalhes, às datas, às músicas especiais.

Controlem seus impulsos sexuais para os momentos certos, se tiver que acontecer que seja naturalmente. Não forcem a barra. Isso é chato. Muito chato. Queremos que vocês entendam nossos motivos, somos diferentes.

Se não falarmos com vocês, se não olharmos na cara é porque estamos magoadas. Nesse caso, tudo o que mais queremos é que nos peçam desculpas ou pelo menos perguntem o que nos aflige. Não viramos a cara a toa, somos muito doces para isso. Deixem o egoísmo de lado e tornem-se mais amigos, companheiros.

Sim, nós demoramos a ficar prontas pra sair de casa. Então tenham paciência, pois como disse o Jabour, vai dizer que a produção não vale a pena no final? Pense no grande prazer em estar acompanhado de uma mulher linda e perfumada. Ah, e reparem nos detalhes, são importantes. Afinal, tudo é para agradar vocês.

Preocupem-se menos em impressionar com um carro potente. Isso não tem a importância que acreditam ter.

Nós rimos da cara daqueles que fazem competição com o volume do som ou que passam por um grupo de mulheres acelerando os motores achando que isso irá impressionar ou provar sua virilidade. Comportamento patético. E a única coisa que prova, é que há falta de conteúdo.

Somos dóceis, mas vocês precisam aprender que dia de TPM é dia de TPM. Então, ofereçam um colinho, alisem nossos cabelos, levem café na cama. Sempre funciona. Uma dose de romantismo e gentileza não faz mal a ninguém.

Fazemos tudo por vocês, enfrentamos sessão de depilação, aprendemos a cozinhar seu prato preferido, algumas lavam até suas cuecas (cruzes!).

Então, por  favor, nada de grosserias como arroto após um gole de Coca–Cola, e coisas do tipo. Isso acaba com qualquer possibilidade de admiração. Sejam civilizados, é o mínimo que podem fazer por nós. E é o mínimo que esperamos.

Mulheres são meigas, carinhosas, atenciosas. Mas esses comportamentos precisam ser cultivados, merecidos.

Temos necessidade de segurança para nos entregarmos, então proporcionem isso e faremos vocês felizes. Afinal, damas já nascem maravilhosas, a única coisa de que precisam é sentirem-se amadas e respeitadas para que sua feminilidade aflore, naturalmente.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

À espera do carteiro

Pode parecer que foi em outra vida, mas há apenas alguns anos o serviço de correio era muito mais do que entrega de mercadorias e contas a se pagar. Ao carteiro também cabia a tarefa de trazer notícias da família, cartões postais de amigos em viagem, fotografias de recém-nascidos, juras de amor entre casais distantes, votos de felicidade, convites de casamento.
Era como se anos perdidos me fossem devolvidos.  Vivi uma sensação boa. Alegre como os desenhos feitos no papel de caderno que a Sabrina Reis enviava de Porto Alegre para mim. Doces como as letras das canções que a Maiara Carolina copiava das revistinhas (na era pré-You Tube e Vaga Lume) e enviava de Itajaí à terra natal, imaginando que eu ficaria contente em receber – e como eu ficava.Quando o despertador soou, nesta manhã, eu sonhava com esse tempo bom. Era um tempo em que eu ainda recebia cartas. Por algum motivo justo – do qual não consegui lembrar quando acordei – várias destas correspondências haviam acumulado e as recebi somente anos depois. Eu estava feliz por receber notícias de amigas que não vejo há anos, sorria aliviada pelas lembranças recuperadas.
Admito que o e-mail, o telefone, as redes sociais hoje combinem bem mais com nossa vida atribulada e cada vez mais corrida. Mas a tecnologia ainda não foi capaz de substituir a emoção de receber a velha cartinha escrita à mão, com letra caprichada, ilustrada com adesivos e desenhos de canetinha e lápis de cor.
O fato é que lamentei quando o despertador tocou me trazendo de volta para nossa realidade de aplicativos e emoções descartáveis. Senti certa pena de nossos jovens, tão seduzidos pelos aparatos tecnológicos, tão escravos da novidade, tão ignorantes dos prazeres desse tempo que passou e que, infelizmente, já foi esquecido.
Será que eu sou a única pessoa nesse mundo que ainda sente falta desses pequenos deleites? Seria eu, uma adulta-nostálgica- infantilizada?
Talvez sim.

terça-feira, 9 de maio de 2017

A culpa é da falta de tempo!

O estresse e a falta de tempo virou justificativa para todas as nossas falhas. 

Quer ver?
Se você não pratica atividade física… É por falta de tempo. Se engorda e adoece é por causa do estresse.
Se não se alimenta direito… É por falta de tempo. Se tiver azia e má digestão é por causa do estresse.
Se não procura os amigos… É por falta de tempo. Se eles te tratam com indiferença é por causa do estresse.
Se tratar com rispidez quem gosta… É por falta de tempo. Se ficam magoados contigo é por culpa do estresse.
Se não namora mais… É por falta de tempo. Se o coração entristece é por causa do estresse.
Se não cozinha mais os pratos favoritos… É por falta de tempo. Se perde o prazer em comer é por causa do estresse.
Se não lê mais livros interessantes… É por falta de tempo. Se me irrito com as bobagens da internet é por causa do estresse.
Se não assiste mais filmes bons… É por falta de tempo. Se não tem mais paciência para as incoerências das novelas é por causa do estresse.
Se não dança mais… É por falta de tempo. Se esquece dos passos é por causa do estresse.
Se não canta mais… É por falta de tempo. Se esquece da melodia é por causa do estresse.
Se não estuda mais… É por falta de tempo. Se não compreender direito é por causa do estresse.
Se não se cuida mais… É por falta de tempo. Se sua autoestima cair é por causa do estresse.
Se eu não escrevo mais com tanta frequência neste blog… É por falta de tempo. Se meus poucos leitores fieis reclamarem, aí posso dizer... é por causa do estresse.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

A tecnologia nossa de cada dia

Ainda ontem o mundo era diferente. 

Hoje, cedo acordamos, abrimos a janela do quarto e nos deparamos com um universo ao nosso alcance, de um jeito que nunca imaginávamos encontrar.
Até ontem a pesquisa era feita na biblioteca da escola. Hoje você chega na faculdade e o professor cita um autor qualquer durante a aula e no mesmo instante o Google nos apresenta diversas páginas de sua biografia completa, via celular. E isso é muito bom.  Facilitou nossa vida, a troca de informações e a propagação do conhecimento.
Além de nos apresentar o mundo, o avanço dessas novas tecnologias também nos permitiu difundir nossas ideias em poucos segundos para milhares de pessoas, seja através de um artigo de relevância científica, de um blog qualquer ou de um curto post no Twitter, Facebook... Com isso também passamos a ter o poder de influenciá-las, instigá-las, criticá-las e até mesmo ofendê-las, sem mesmo sair de nossas casas.
É inegável que muita coisa mudou em muito pouco tempo. Mas é preciso considerar que a palavra ainda possui força imensa e continua inteiramente ligada às relações de poder, sendo instrumento importante nas relações humanas.
Assim, quem tem o dom da palavra ainda possui a capacidade de conquistar, seduzir, distorcer realidades, iludir pessoas, magoar, oprimir e, por vezes, até humilhar. Algumas vezes com intenção de fazê-lo, outras, simplesmente por extrapolar o modo como expõe seu pensamento ao outro. As redes sociais, nesse contexto, estão à mercê do nosso bom senso – que, infelizmente, nem sempre acorda de bom humor.
A verdade é que a tecnologia avançou numa velocidade incompatível ao nosso próprio desenvolvimento e nos pegou meio despreparados. Mas de tudo que foi feito e dito, o que fica é que ainda temos um longo caminho a percorrer até encontrarmos um ponto de equilíbrio. Não me perguntem onde fica, também não sei dizer. Sou do tempo em que trocar bilhetinhos durante a aula era a forma mais rápida de comunicação com os colegas.
Mas sei que até lá, muitas farpas serão trocadas via Facebook, muitos conflitos e ultrajes serão disseminados, muitas feridas ainda serão abertas. 

Que saibamos educar nossos filhos para lidar com este mundo novo, porque nossa geração foi pega de surpresa e ainda está engatinhando neste caminho onde as regras de convivência parecem muito diferentes das que aprendemos com nossos pais. E como!

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Coisa de afinidade, entende?

É desse jeito. Tem pessoas que a gente simplesmente gosta de cara. Outras, nos conquistam com o tempo. E têm aquelas que a gente tolera em nome da moral e dos bons costumes. Sabe como é, né?
Esse lance de afinidade é mesmo muito estranho, não acha? 

Como é possível você conviver uma vida inteira com alguém sem nunca ter nenhuma queixa e, bastar apenas dez minutos com outra pessoa, para ela te deixar muito aborrecido?
É claro que também existem aquelas suas qualidades que atraem novos amigos e, ao mesmo tempo, irritam outras pessoas ao seu redor. É fácil perceber. O seu perfeccionismo pode ajudar no seu trabalho, mas ser um problema na sua vida social. Todos nós temos um lado assim, que agrada e também desagrada, embora não aceitemos com tanta facilidade.
Existe aquela teoria de que odiamos alguém porque identificamos nela algo que gostaríamos de ser ou porque enxergamos nela algo que não admitimos em nós mesmos. Será?
Eu, particularmente, não suporto atitudes egoístas. A falta de senso coletivo dos outros me incomoda muito. Vai ver então seja porque me preocupo demais com as pessoas ao meu redor e, por isso, fico sem entender quando vejo alguém focado somente no próprio umbigo. É. Vai ver é isso mesmo.
E você, o que te deixa possesso?