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sexta-feira, 5 de maio de 2017

A tecnologia nossa de cada dia

Ainda ontem o mundo era diferente. 

Hoje, cedo acordamos, abrimos a janela do quarto e nos deparamos com um universo ao nosso alcance, de um jeito que nunca imaginávamos encontrar.
Até ontem a pesquisa era feita na biblioteca da escola. Hoje você chega na faculdade e o professor cita um autor qualquer durante a aula e no mesmo instante o Google nos apresenta diversas páginas de sua biografia completa, via celular. E isso é muito bom.  Facilitou nossa vida, a troca de informações e a propagação do conhecimento.
Além de nos apresentar o mundo, o avanço dessas novas tecnologias também nos permitiu difundir nossas ideias em poucos segundos para milhares de pessoas, seja através de um artigo de relevância científica, de um blog qualquer ou de um curto post no Twitter, Facebook... Com isso também passamos a ter o poder de influenciá-las, instigá-las, criticá-las e até mesmo ofendê-las, sem mesmo sair de nossas casas.
É inegável que muita coisa mudou em muito pouco tempo. Mas é preciso considerar que a palavra ainda possui força imensa e continua inteiramente ligada às relações de poder, sendo instrumento importante nas relações humanas.
Assim, quem tem o dom da palavra ainda possui a capacidade de conquistar, seduzir, distorcer realidades, iludir pessoas, magoar, oprimir e, por vezes, até humilhar. Algumas vezes com intenção de fazê-lo, outras, simplesmente por extrapolar o modo como expõe seu pensamento ao outro. As redes sociais, nesse contexto, estão à mercê do nosso bom senso – que, infelizmente, nem sempre acorda de bom humor.
A verdade é que a tecnologia avançou numa velocidade incompatível ao nosso próprio desenvolvimento e nos pegou meio despreparados. Mas de tudo que foi feito e dito, o que fica é que ainda temos um longo caminho a percorrer até encontrarmos um ponto de equilíbrio. Não me perguntem onde fica, também não sei dizer. Sou do tempo em que trocar bilhetinhos durante a aula era a forma mais rápida de comunicação com os colegas.
Mas sei que até lá, muitas farpas serão trocadas via Facebook, muitos conflitos e ultrajes serão disseminados, muitas feridas ainda serão abertas. 

Que saibamos educar nossos filhos para lidar com este mundo novo, porque nossa geração foi pega de surpresa e ainda está engatinhando neste caminho onde as regras de convivência parecem muito diferentes das que aprendemos com nossos pais. E como!

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