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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O que é verdade e o que é mentira?


Será que a mentira virou verdade? Diante de tantos documentos e intervenções da Justiça, os acusados batem no peito e berram: “É mentira!” Parece que estamos vivendo em dois mundos diferentes: um corroído por ratos políticos e outro povoado de puros anjos. E o mais interessante disso tudo é que são os mesmos homens.
Na verdade, o povo está diante de um problema milenar que ganha proporções ainda maiores com o passar do tempo: saber o que é verdade e o que é mentira. A verdade são as provas evidentes de crimes cometidos que a Justiça descobre ou os desmentidos dos que os cometeram? (xi!)
A anomalia do Judiciário parece proteger a “verdade/mentira”, utilizando muitas vezes de argumentações engenhosas com o lema de que “o réu é inocente até que se prove o contrário”. Tudo bem, só que aqui nada prova nada nunca: nem o superfaturamento de obras pela Prefeitura de Campos, por exemplo; nem as contas bilionárias no exterior; nem o desvio do dinheiro público ou a evidência das bocas-de-urna (lembram?).
Na verdade, nossas “verdades” mais profundas foram construídas por mais de 500 anos de mentiras. Portanto, esse pode ser o motivo de proteção à mentira brasileira inventada desde o início de tudo, quando foi criado o DNA dos canalhas que vemos hoje na TV, nos jornais, nas emissoras de rádio e até mesmo, frente-a-frente conosco, negando tudo.
Se a verdade aparecesse por completo, nossas instituições cairiam ao chão junto com muitos queixos. Mas tudo está ficando tão claro, insuportável, que, talvez, tenhamos de correr esse risco de quebra, apesar do perigo de alguém correr na tentativa de restabelecer a paz “da verdade das mentiras”. Por isso, o governo acha que é necessário proteger as mentiras, para que a falsa verdade permaneça. Entendeu?
O prefeito entra dizendo que vai usar a verdade para combater a mentira e logo, logo, está usando a mentira para fazer valer sua nova “verdade”.
Mocaiber diz: “Eu dou cheque em branco aos meus secretários”. Sabemos que é mentira, pois o prefeito pensa: “A verdade não pode ser dita; preciso da mentira para que o sistema não caia, para que meu governo não se desmantele e para que eu me reeleja. Eu minto em nome de uma verdade maior!”.
Outros políticos já usaram ladrões também, mas lhes impunham sutis limites, mas esse governo despreza a democracia “medíocre” e abriu a porteira com orgulho para os ladrões e ficou prisioneiro deles, sem contar os patifes disfarçados. Ah! Esses são os que mais existem no “governo da paz”.
A verdade é que os políticos ladrões continuam uns gatos e nós, caros colegas, uns patos.

Definitivamente, Deus não é surdo!


Depois de um exaustivo dia de trabalho, chego a casa com a certeza de que poderei descansar meu corpo fadigado pelo exercício demasiado da função e o compromisso incansável de informar, quando de repente, já no aconchego do meu quarto e em estado sonolento, eis que um berro espanta toda uma precisão de dormir, além de provocar o susto pelo medo repentino de estar acontecendo algum fato imprevisto.
Não era fogo tomando alguma moradia, nenhum acidente com vítima fatal e também não foi um gol do Brasil na Copa do Mundo. Tratava-se de uma manifestação religiosa, ou seja, um culto onde os presentes acreditam que, para adorar ou homenagear Deus em qualquer de suas formas ou religião, basta ter um bom pulmão e aquele que berrar mais alto é justamente o que será primeiro atendido em seus pedidos de oração.
Quero esclarecer aqui que não tenho absolutamente nada contra qualquer manifestação religiosa, desde que a mesma não perturbe a paz e tenha uma hora determinada para acabar. Também não estou discutindo religião e sim o direito do ser humano em poder, depois de um intenso dia de labuta, descansar e recuperar as energias para o trabalho do dia seguinte.
Qualquer que seja a religião, acredito que um dos princípios ensinados por Deus é “amar ao próximo como a ti mesmo”. No entanto, esse não parece ser o adotado pelos meus vizinhos, porque se conseguem berrar tão alto a ponto de incomodar não só os moradores da quadra onde acontece o culto, mas a quase todo o bairro, sinceramente é porque além de não ter amor ao próximo, desconhece a verdadeira essência dos ensinamentos do Pai.
Em certo trecho da bíblia, cita-se “quando fores orar ao Pai, entra pra dentro de ti e em silêncio”. Portanto, em momento algum a bíblia traz em seu conteúdo “gritai e berrai ao Senhor para que tua oração seja ouvida e seus pedidos, atendidos”.
Aliás, se for para analisar friamente a questão e pedindo, desde já, perdão por minhas palavras, é como se acreditassem que Deus tem algum problema de audição e por isso, em sua ignorância, colocam potentes caixas de som para que possam fazer ecoar os berros dos irmãos presenteados com gargantas abençoadas, que conseguem atingir quilômetros de distância e entrar, sem pedir licença, nos lares de muitas famílias.
Essa é só uma amostra de que a Educação não é só exercício constante no aprendizado escolar, mas na vida diária, no convívio com familiares e na comunidade em que moramos. E que, por mais que tenhamos diferenças de classe, cor ou religião, o respeito ao direito do próximo deve ser levado em consideração para que sejamos justos primeiramente entre nós e, depois, para que tenhamos a integridade de nos fazer ouvir por Deus, que escuta e protege de igual forma a todos nós, e não será o volume exacerbado dos gritos que nos fará ser mais ou menos ouvido.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

“...E ainda tem besta que diz: eita que prefeito bão!”


Há alguns anos, para alimentar uma trajetória política, muitos buscavam humildes votos na Baixada Campista. O caminho para as localidades mais distantes era percorrido a olhos fechados, sem precisar ao menos de um guia. As igrejinhas e tradicionais festas de santos em lugarejos pobres eram bancadas por “políticos Papai Noel” – que diz existir, mas ninguém os vê.
No final do ano passado e início de 2007, a Baixada Campista foi uma das áreas mais afetadas pelas denominadas “chuvas de verão”, que chegam devastando tudo, principalmente quando as localidades não estão preparadas para receber uma vazão d’água acima do normal, embora tenha estrutura para isso.
Novamente, estamos no final de mais um ano e as chuvas começam a dar uma prévia do que pode acontecer nos próximos meses, anunciando mais uma enchente e mais prejuízos para produtores rurais, pecuaristas, fornecedores de cana, ceramistas e a população da área rural, que ainda tenta recuperar as perdas registradas nos primeiros meses deste ano.
Mais um ano se passou e nada foi feito para impedir que a desgraça aconteça novamente. De novo, teremos nas páginas dos jornais, nas emissoras de televisão e rádios, notícias sobre famílias desabrigadas, desalojadas e em dificuldade em conseqüência de uma administração pública municipal despreocupada com o bem-estar de seus munícipes.
Aliás, me perdoem. Esqueço que o prefeito realmente se preocupa sim, com sua população, afinal de contas, no bairro onde moro, em menos de dois meses, duas grandes festas foram realizadas com o apoio da Prefeitura Municipal de Campos através do prefeito Alexandre Mocaiber, conforme anunciado nos microfones das festas, claro. E nessa “boquinha”, entram também os vereadores que querem renovar seus mandatos de fachada, os mesmos que deveriam ser para lutar em benefício do povo, mas que são apenas uma oportunidade para um “pezinho de meia” ou uma “gorda aposentadoria”. No microfone, o locutor – que também pode receber uma graninha pela puxação de saco -, anuncia: “Com o apoio do vereador Ailton Tavares” ou “Com o patrocínio do vereador Nildo Cardoso”.
Ficaria mais bonito e seria mais nobre, caros vereadores, asfaltar ruas, exigir boa qualidade de vida para os cidadãos, fazer cumprir as leis neste município, cobrar atuação do prefeito e seus secretários, além de usar os mandatos aos senhores confiados, para atividades e execuções dignas, honradas de homens sérios. Não significa “bancar” shows com o dinheiro da própria população e fazer disso instrumento para a promoção pessoal. É mesquinho, indecente, imoral e, no mínimo, incoerente.
Pior de tudo isso, em pagar shows como Elymar Santos, Harmonia do Samba ou patrocinar festas de laço, cavalgadas e bailes na Baixada Campista e em outros bairros de Campos, é dizer que consegue dormir com a consciência tranqüila, enquanto dezenas de famílias ainda estão desabrigadas e nenhum dos nossos 17 vereadores, esteve nos abrigões ou no motel onde essas pessoas vivem desde que perderam suas casas na última enchente.
Parabéns vereadores! Os senhores conseguem, cada vez mais, envergonhar a posição e o cargo que ocupam pela inércia, o descaso e a isenção. Talvez por estarem mais preocupados em engordar suas contas bancárias, ostentar seus luxos e apenas sustentar o título de “vereador”, onde muitos sequer sabem definir o real significado do cargo.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Apenas um desabafo!

Tem uma certa fase da vida em que a gente acha que sabe tudo, pode tudo e que nada é capaz de nos abalar. De repente, vivendo neste insignificante mundinho, pequeno e sem graça, você percebe que de nada adianta pensar ou saber de tudo quando não se consegue dominar o que sente. Ai você pensa: “De que adianta ser capaz de tantas coisas se não consigo ter o que desejo, se tudo parece ser tão pouco?”
Embora se pergunte e indague tanto sobre a vida, chega a filosofar sobre os assuntos e questionar os fatos, continua sem nada, mesmo que isso custe noites sem dormir, rosto inchado de tanto chorar e perguntas do tipo: “Que merda de mulher você é? Que espécie é essa incapaz de fazer alguém feliz? Porque será que só consegue afastar as pessoas?”.
Sei lá... de repente tem uma faixa imensa em mim escrito “mantenha distância” e eu não tenha percebido ainda. Taí, esta é uma lição que todas as pessoas abomináveis, terríveis, cruéis, ruins, horrorosas e medíocres deveriam aprender, assim como venho aprendendo com as surras que a vida tem dado nos últimos tempos.
Falando em tempo, é com ele mesmo que a gente aprende que não se deve tentar nadar contra a maré quando a correnteza é mais forte; que não se deve ir contra o vento, quando se é uma borboleta e que não se deve investir em um negócio falido. É perda de tempo.
Assim são os sentimentos... falhos como as frustradas tentativas de ser feliz. Humanos, como os erros que muitas vezes cometemos tentando enfrentar os obstáculos quando esses são colocados em nossas vidas para que possamos desistir sem resistência. Na verdade, nem sempre obstáculos são barreiras que devemos ultrapassar. Muitas vezes é diante delas que percebemos que estaremos melhores se não passarmos por elas. Para os fortes e determinados, pode parecer uma atitude um tanto quanto covarde, mas para os que agem com a razão, muitas vezes é a mais sensata das ações.
Portanto, me desculpa se por tantas vezes tentei enfrentar a barreira que um dia você construiu entre nós. Posso não ter entendido, posso ter sentido errado tudo que até hoje sinto... E sinto muito por isso, de todo o coração.
Não pense que um dia fez mal a alguém, porque uma pessoa inteligente nunca permite que alguém seja responsável por sua felicidade. Não devemos passar essa grande responsabilidade para alguém, porque estaremos e sentiremos o que o outro nos der. Se der amor, nos sentiremos amados. Se retribuir com rejeição, assim nos sentiremos.
Os sentimentos são únicos e muito verdadeiros. Minha boca pode falar quantas vezes quiser que não desejo estar a seu lado, mas meu coração vai estar batendo acelerado pela felicidade de apenas ouvir sua voz. As palavras ainda temos o poder de controlar, mas como fazer com os sentimentos, se não mandamos no coração?
O mais desprezível dos órgãos do corpo humano é capaz de nos fazer morrer pela falta que faz, no entanto é capaz de nos matar aos poucos se não conseguimos amar da maneira como ele gostaria. Ah... se pudesse doaria ele agora, neste momento, só pra não sentir essa dor em que se transformou a frustração de me sentir rejeitada.
Nessa vida, quando não se aprende por bem, aprende-se apanhando dela, com todos as dores, cicatrizes e feridas ainda abertas, porque elas nunca se fecham.
Os anos vão passar, o tempo vai fazer com que outras coisas tomem o lugar em nossos corações, mas sempre voltaremos a lembrar dos fatos que tanto mal nos fez. E toda vez que sentirmos isso, sofreremos um pouco mais.
Pensei que tivesse ocupado meu coração com novos acontecimentos, mas quando me vi sentindo tudo isso de novo, percebi que ainda continuo com vontade de estar a seu lado, de ouvir sua voz, de sorrir com você. E, como se não bastasse, percebo também que a dor é maior, porque ainda não consigo entender ou aceitar o porque de um dia você não ter conseguido sentir a mesma coisa.
Sabe... passei boa parte da vida desejando chegar aos 30 anos, mesmo me achando uma pessoa um tanto quanto precoce. Meus pensamentos sempre foram a frente do meu tempo, meus desejos eram cada vez maiores e nunca encontrava barreiras para conseguir o que cobiçava. Afinal, dizem que a mulher de 30 anos não tem dúvidas, é determinada, exala segurança, sempre consegue o que quer e nunca se sente inferior aos acontecimentos.
Pensava assim... então, você surgiu e fez tudo isso desmoronar e me fez desejar voltar aos 20 anos, quando ainda pensamos poder pegar as estrelas com as mãos, construir impérios e vivendo num imbecil mundo de “achismos”.
Tudo é tão confuso que até o fato de escrever isso demonstra o quanto voltei a imaturidade, a desvalorizar a mim mesma. Tudo isso é tão triste e desumano que faz todo um mundo perceber o que sinto, menos você.
Prefiro acreditar que o seu mundo seja tão limitado a apenas você, que nem tenha como abrir espaço para os outros e para os sentimentos. Talvez, não sinta nada e esse órgão que traz no peito seja apenas para mantê-lo vivo e o único som que vem dele seja um tum-tum sem ritmo, triste e sozinho, porque assim é o som que vem do coração das pessoas que não nasceram para amar ou serem amadas.
Por enquanto, aqui dentro do meu peito ainda funciona um coração que ama, senti, sofre e dói, mas consigo ouvi-lo tão bem que, neste momento, posso dizer, é um tolo,
porque sempre aprendeu a gostar de quem não gosta dele. Mas tudo bem... Isso passa!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Hospital Baixada D’Or por R$ 8.922.077,46

Morando na Baixada Campista desde que nasci, uma boa notícia me acalmou. Afinal de contas, nenhuma pessoa que vive aqui precisará sofrer nas madrugadas a espera de uma senha para ser atendido ou se locomover para o centro da cidade em busca de exames com tecnologia avançada e, nem mesmo precisaremos de planos de saúde para garantir um dos nossos direitos perante a Constituição Federal, que é a saúde.
O Hospital São José, em Goitacazes, receberá uma reforma no valor de R$ 8.922.077,46 (oito milhões, novecentos e vinte e dois mil e setenta e sete reais e quarenta e seis centavos) e possivelmente, por esse valor mude o nome para Hospital Baixada D’Or, uma referência de saúde em Campos.
Estranho é que a reforma só foi entendida como necessária em maio deste ano, quando fora anunciada, mas as obras mesmo, só começam no final do ano, provavelmente para que o hospital seja entregue com toda pompa e com a marca do prefeito Alexandre Mocaiber, poucas semanas antes de deixar a cadeira do Executivo.
Com mais esta obra, podemos dizer que, em quase quatro anos de governo, o prefeito tem duas realizações importantes: a ponte (ainda em construção) e o hospital (que ninguém sabe se sairá realmente do papel).
Porém, vale lembrar que construir e edificar é uma obrigação de quem governa para o povo, sem precisar, contudo, sair gritando e jogando na cara das pessoas o que fez, como uma galinha cacarejando alto quando acaba de por ovos no ninho. Isso é ridículo. Deixa essa cena para a galinha. Respeitem a natureza senhores políticos!
Difícil nisso tudo é entender como um hospital importante como o São José terá uma reforma por R$ 8.922.077,46 enquanto as obras de melhoria da Rodoviária Roberto Silveira custarão aos cofres públicos R$ 6.99.533,46. Isso quer dizer que o hospital - com equipamentos importados, leitos, etc -, gastará somente R$ 1.922.544,00 a mais que uma rodoviária. Estranho? Quem sabe! Ninguém entende essa cidade mesmo.
Posso dizer que, após entregue à população, devemos exigir tudo que está sendo prometido e pago com nosso dinheiro. Inclusive, se não estiver no pacote milionário do valor, é bom que a Prefeitura de Campos providencie uma qualificação profissional para os funcionários da Saúde, porque muitos deles tratam os cidadãos que pagam seus salários, com indiferença, ignorância, arrogância e impaciência, principalmente com idosos e humildes.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Cada um tem o parceiro que merece...


Quando pensamos em relacionamentos amorosos, quando queremos encontrar alguém, a pessoa certa para amarmos, somos obrigados a efetuar uma escolha. Toda escolha seja consciente ou inconsciente implica, portanto, em uma decisão. Nesse momento propriamente antes do relacionamento, há um movimento que atende uma meta, um objetivo final: algo ou alguém é escolhido em detrimento de uma grande gama de opções.
Para compreender melhor o que orienta a escolha de um parceiro amoroso e quais os critérios envolvidos nessa escolha é necessário saber o que é projeção. A projeção é um fenômeno psicológico inevitável e acontece inconscientemente, estando presente em qualquer relacionamento. Antes mesmo de optar por um parceiro, a pessoa já projeta no outro conteúdos inconscientes, expectativas de como esse parceiro deve ser, se comportar, etc.
A projeção permite que a pessoa transfira para o outro desde experiências parentais reprimidas, energias fragmentadas autônomas, idéias ou desejos carregados de afetos, etc. Essa transferência de sentimentos, desejos, e afetos são desconhecidos pela consciência. Muitas vezes nossas próprias imperfeições e aspectos repelidos são depositados nos outros.
Atualmente vivemos em um mundo decadente, uma sociedade que vive de imagens, desejo, poder e superficialidade. Muitas pessoas vivem cindidas, ou seja, distantes de seu inconsciente, de seus sentimentos e emoções.
Em um mundo onde estamos tão afastados de nos mesmos e dos outros, como podemos possibilitar o verdadeiro encontro amoroso? Existem pessoas que escolhem seus parceiros pelos seus carros, pela marca do relógio, do sapato, pelo dinheiro, poder e talvez segurança. Há quem escolha pela beleza física e existem aqueles que simplesmente não conseguem escolher, vivem solitários, descrentes de que um relacionamento possa dar certo.
Não há uma pessoa certa e perfeita, uma cara-metade, 'um outro mágico', que preencha todas as nossa expectativas e retribua com carinho e afeto nossos anseios. Não existe alguém que garanta um amor perfeito e imortal. Embora a gente viva sonhando com isso!
Ao escolher alguém o ego deve estar a serviço do relacionamento, e nunca o contrário, ou seja, o amor é um deus que exige ser servido e escapa de quem quer colocá-lo a serviço de suas necessidades e carências. O controle realizado pelo ego durante uma escolha não garante o verdadeiro encontro amoroso, gerando apenas insatisfação e uma sensação de vazio.Como conclusão, vale salientar que os parceiros que nos atraem, e que atraímos, correspondem ao nível que atingimos no nosso desenvolvimento pessoal. Em outras palavras, cada um tem o parceiro que merece!

Os suspeitos de sempre

No dia 17 de setmbro de 2007, completou dois meses desde o acidente com o avião da TAM. Como disse o piadista, morreram 199 pessoas e ninguém foi responsabilizado. A companhia aérea disse que não era com ela. O povo que administra o Aeroporto de Congonhas, fingiu que não viu; está preocupado com as lindas lojas locais. A Infraero saiu assobiando e contou uma outra história antiga. A Anac, apesar das demissões, também não tem nada a ver com isso. A Airbus - fabricante do avião -, emitiu nota na qual dizia que a aeronave estava perfeita (na maior cara-de-pau), porque a tal da turbina estava com problemas e dois outros aviões, lá no oriente, tinham passado pelo mesmo tipo de acidente. Por fim, foi preso o dono da casa de meretrício. E é claro que tudo isso já aconteceu antes.
No final do filme Casablanca - uma das maiores histórias em todos os tempos -, num aeroporto chuvoso e sombrio, o oficial alemão major Strasser tenta impedir a fuga de Ilsa (Ingrid Bergman) e seu marido, Vitor Lazslo (Paul Henreid), líder da resistência contra o nazismo na Europa. Lembre-se, este caso ocorria no ano de 1942. Rick (Humphrey Bogart), dono do bar, atira e mata Strasser. Ilsa e Vitor fogem para Lisboa. Rick fala então ao delegado da cidade, Captain Renault (Claude Reins): “E agora, vai me denunciar?”. Renault responde sem pestanejar: “Round up the usual suspects”, ou seja, “vou mandar prender e interrogar os suspeitos de sempre”. Ou seja, as leis que protegem as elites passam pela prisão de coitados, vagabundos, cafetões e ladrões baratos, mas só em dois lugares, num filme fictício, e no Brasil.
Mais do que fazer justiça, por causa dos filhos, pais, parentes e amigos em geral dos que morreram e estão aí sofrendo, era fundamental descobrir, julgar e condenar os culpados para que isso não ocorra novamente. Mas como isto é Brasil, vai ocorrer outra vez e ninguém será responsabilizado, exceto os suspeitos de sempre.
Um bom exemplo foi dado pela empresa Supervia, aquela que administra e explora os serviços ferroviários suburbanos no Rio de Janeiro. No dia daquele acidente entre dois trens, há menos de um mês, o presidente da companhia esteve presente no local, deu total assistência aos feridos e aos parentes dos mortos e afirmou que iria encontrar falhas e culpados o mais rápido possível. Na mesma semana ele assumiu que a culpa era da Supervia e dias após, ele, depois de ouvir os técnicos e peritos, demitiu os dois maquinistas dos trens. Sem firulas, sem sacanagens, sem protecionismo e ponto final.
Duvido que a TAM (ou a Infraero, ou a Airbus, ou ainda a Anac) assuma os seus erros de uma forma tão clara e justa como fez o dono dos trens. Eles podem prender os suspeitos de sempre, no caso, um cafetão.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Qualquer forma de amar vale a pena?


Todos tendemos a acreditar que o sofrimento é um sinal de amor verdadeiro, que se recusar a sofrer por amor é egoísmo, e que se um homem tem um problema a mulher deveria, então, ajudá-lo a mudar. Estas são algumas das crenças que ajudam a criar os sintomas de “mulheres que amam demais”, o vício de amar.
Quando amar significa sofrer, não é amor, é dor. E dor é sinal de que algo está mal ou doente e precisa ser tratado, cuidado.
Isto não pode ser feito pelo parceiro, não adianta querer que ele faça os curativos, amando incondicionalmente e que proteja de dores passadas e futuras.
Quando atribuímos ao outro o poder de nos fazer felizes é porque temos dificuldade de gostar de nós mesmos, é falta de auto estima e de auto valorização. Enfim, é falta de amor próprio, e amor próprio não diz respeito ao outro, mas a nós mesmos. Antes de ser uma dificuldade de relacionar-se com o outro, é uma dificuldade de relacionar-se consigo mesmo.
Como uma pessoa que não se ama pode conseguir acreditar que um outro poderia amá-la? Parece difícil, não?
Não se sentir digna de amor e incapaz de cuidar de si mesma gera uma imensa necessidade de ser amada, para cobrir esse vazio, e um grande medo de ser rejeitada e abandonada. Esta é uma crença bastante limitante e, portanto, um caminho estreito em direção ao sofrimento. Esta postura mental certamente é refletida a nível comportamental, passando uma mensagem inconsciente que atrairá homens inadequados e inacessíveis para cumprir a auto profecia criada pela crença que diz que ela será abandonada por não merecer amor.
Uma pessoa com este padrão mental conseguirá somente relacionamentos difíceis e sofridos, o que não é nada sadio. Mas, apesar de sofrer, não quer sentir a dor do abandono e quer acreditar que a força do seu amor ou do seu sofrimento poderá mudar o comportamento do outro e obter o amor que deseja. Assim se esforça e “ama” cada vez mais e mais.
É assim que o amor se torna um vício, onde a mulher se sente dependente deste homem. A função do vício de uma forma geral é anestesiar a dor de uma realidade intolerável. No caso do vício de amar, a euforia da paixão e até mesmo o sofrimento anestesia a dor maior de não se amar e de não se sentir capaz de cuidar de si mesma.
Sair desse círculo vicioso sozinha é quase impossível. É necessária a ajuda de uma terapia e apoio de um grupo terapêutico com profissionais especializados em relacionamentos. O primeiro passo é o reconhecimento e o caminho para resgatar o poder pessoal é o auto conhecimento.
Crenças e valores funcionam em um nível diferente da realidade e por isso são difíceis de mudar com regras de pensamento lógico e racional. Quanto menos nos conhecemos, mais chance temos de achar que somos errados enquanto pessoa. Através do auto conhecimento, aprendemos a arte de acreditar que podemos ser felizes e aumentamos nosso potencial para tanto. Reconhecemos em nós crenças e talentos fortalecedores e transformamos as crenças que nos limitavam criando assim condições para sermos verdadeiramente felizes e conseqüentemente nos relacionarmos mais saudavelmente.
Ser feliz no amor é possível. Para isso é preciso amar o outro. Para amar o outro é preciso amar a si mesmo. Para se amar, é preciso se respeitar. Para se respeitar é preciso se aceitar. Para se aceitar é preciso se conhecer.
Seja feliz.

sábado, 7 de julho de 2007

Quando o homem é um blefe


O que adianta ser gatinha, se cuidar, ter um corpo sarado, dominar um vocabulário extenso, ser boa companhia, mas não a mulher ideal para ser “a namorada”? No masculino ou no feminino, isso acontece quase sempre, mas acredito que numa proporção de uma vez entre um milhão. Mesmo assim, existem inúmeras formas de dar um fora em alguém e não há uma pessoa nesta vida, que já não tenha passado pela dolorosa experiência de ser descartada – ato muito usado em rodas de carteado, quando o “jogador” ou “blefador” rejeita, joga fora após o uso ou simplesmente livra-se de algo importuno, que não serve. E, como num disputado jogo, a vida segue depois do descarte, porque novas cartas, digo, pessoas, hão de surgir.
Pois bem... Se analisarmos como a palavra descartar se encaixa perfeitamente na história de personagens que já passaram pela situação, chegamos a ponto de acreditar que ainda pior que ser descartado é sofrer indiferença. Imagine-se sendo rejeitado. Deu pra pelo menos ter uma idéia do que isso significa? Então, esclarecendo, na indiferença há a demonstração clara do desinteresse e a consciência do que não é bom e nem mau, ou seja, tanto faz.
No descarte propriamente dito, você sabe quando algo ou alguém lhe serve, pode até levar em conta, usar e depois jogar fora. Mas e quando o ser rejeitado não aceita porque não entende o motivo pelo qual fora colocado de lado, jogado pra escanteio? Ai é que o problema passa a existir, porque é neste momento que a “peça” inoportuna do “jogo” começa a ser impertinente, maçante, a importunar com súplicas repetidas, a aborrecer, causar transtornos e, em alguns extremos, causar embaraço diante de situações um tanto quanto delicadas.
Não é fácil lidar com um caso como esse e muito menos ser personagem de uma história parecida. No entanto, como o descarte só existe na vida porque as pessoas “blefam”, como num carteado, agindo como se tivessem “cartas” melhores para iludir os outros e para enganar a si mesmo, esse momento de ilusão, de devaneio, quando se toma uma coisa por outra, acaba, chega ao fim.
Pro “jogador” ou “jogadora”, falta esclarecer que na vida, mesmo que em um jogo de cartas, a peça que você descartou em dado momento pode não ter sido útil, necessária ou ter servido. Contudo, essa mesma carta lançada fora sem pensar numa jogada de mestre, em uma próxima rodada, vai ser o curinga que faltava ao seu vizinho, que, sabiamente, aproveitará bem a chance de ter nas mãos o indispensável para vencer, quando que por um ignorante e impensado “blefe”, você se deixou enganar. Pois é... Tarde demais. A partida acabou, pelo menos pra você.
Portanto, fica aqui um conselho. Antes de descartar algo ou alguém em sua vida por um ato impensado, imaturo e talvez, pouco inteligente, não avalie apenas o momento presente, porque vivemos do hoje, mas em função de um depois, do futuro. Lá na frente, daqui a horas, dias, semanas ou anos de nossas vidas, vamos sentir falta do curinga que tínhamos e jogamos fora, pois ali estava a chance esperada que foi desperdiçada pela vã ilusão de coisa melhor, uma ocasião melhor. E ali também pode ter ficado a oportunidade de ser feliz.
A vida acontece de forma mais rápida, mais fria e mais dolorosa do que em um mero jogo e, as pessoas não são como cartas que podemos brincar de pegar, descartar ou jogar fora. Blefar sozinho é uma atitude mais inteligente e só quem vai sofrer é você mesmo. Na verdade, pode ser até melhor continuar enganando a si mesmo, porque um mau jogador sempre acredita que consegue esconder uma situação pouco durável.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Não há receita para o relacionamento perfeito



Da mesma maneira que existe uma infinidade de livros sobre relacionamentos, assim são as revistas de comportamento. Parece que advinham a fase de nuvens negras que você está vivendo e, lá estão elas estampadas nas bancas como se fossem a última esperança para a conquista da felicidade, seja no pessoal ou no profissional.
Comprovadamente, o público feminino é o maior consumidor de revistas e livros sobre romance e auto-ajuda. Mas o que isso quer dizer? Serão as mulheres os seres mais complicados do universo e que sempre precisam de uma “forcinha” para garantir seu espaço no concorrido mundo machista ou trata-se de uma expressiva porcentagem da população preocupada em procurar a solução para os problemas resolvendo-os desde a raiz?
Nas decepções que sofremos, nas crises que nos abalam constantemente e nos ensinamentos que a vida transmite com os erros cometidos, a questão é que nunca nos preocupamos em tirar pelo menos uma lição e aplicá-la no restante dos nossos dias. Erramos incansavelmente e ainda assim, depois de tanta mágoa e expectativas frustradas, voltamos a errar, porque repetidamente, ignoramos os ensinamentos da vida.
Enquanto não entender e aceitar que a prioridade em sua vida deve ser você sempre, não estará pronta para amar e ser amada. Amores vêm e vão como num passe de mágica? Não é bem assim, mas chegam como uma suave brisa e vão como verdadeiros tornados, deixando destruição para todos os lados e apenas a meta de construir tudo de novo, com o risco de um outro fenômeno se manifestar.
Viver a realidade de estar sozinha depois de passar por um tornado é difícil pra qualquer um, no entanto, o que consola é saber que esse não é um problema só meu ou seu, mas de milhares de mulheres que se vêem todos os dias diante de relacionamentos desfeitos.
E diante disso, não adianta comprar livros e mais livros que dão dicas de como obter sucesso no relacionamento, se não buscar em si a disposição para mudar o que verdadeiramente está errado. Utilizar os erros para refletir sobre problemas a serem trabalhados é além de uma atitude sensata, inteligente.
A receita do amor perfeito não está em livros e em conselhos de amigos. Está dentro de cada um de nós, porque o maior erro em uma relação é depositar no outro a responsabilidade de lhe fazer feliz.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Auto-afirmação aos seres inferiores

     A auto-afirmação é digna de seres que utilizam de meios escusos para sustentar sua incapacidade em adquirir reconhecimento através de um trabalho sério, limpo e no mínimo, humilde perante os outros. É assim que um verdadeiro profissional conquista a estabilidade, sem precisar invadir o espaço alheio e muito menos, tentar - sem sucesso -, passar por cima de outrem em troca de dinheiro.


     Além de uma atitude tão mesquinha e infantil, de quem se auto-intitula “profissional apaixonado pela atividade que exerce”, fica a péssima imagem de alguém com pouquíssimas qualidades para viver e trabalhar em equipe, entre pessoas que precisam de dinheiro para sobreviver, mas destacam sua paixão pela camisa que vestem 365 dias no ano, 24 horas por dia, porque para quem ama o que faz e a instituição que representa, não há dia ruim, seja ele de sol ou de chuva.


     Oportunistas aparecem de todos os lados e, enquanto o mundo der chance a essas pobres criaturas carentes por consolidar seus facilmente esquecíveis nomes, elas tentarão se firmar em algo ou então, em alguém “que as indique”, afinal de contas, parece bom viver eternamente em um andador, principalmente aos que sempre plantam dificuldades visando colher facilidades.


     Nessa de tentar conquistar espaço de forma desleal, desumana e dissimulada, não é difícil prever o final trágico de pessoas que buscam reconhecimento a todo custo, utilizando até mesmo da habilidade de enganar. O mundo está cheio de “espertos”, “velhacos” ou melhor, “gente sonsa” que demonstra ser íntegra, exímio profissional e se esforça para ser capaz, mas que não passa de uma pobre ilusão, um erro que toda grande instituição está sujeita a cometer ao dar chance a aproveitadores.


     Pessoas que precisam de auto-afirmação a todo momento e a qualquer preço, são seres pequenos, inferiores em sua qualidade enquanto humanos e menores ainda no profissional, que sempre deixa a desejar. Isso porque ninguém quer ter por perto gente traiçoeira, armadora e astuta, tão somente dignos de pena, ou melhor, da compaixão de quem sabe perdoar.


     À essas pessoas, desejo sorte e espero distância, porque um fruto ruim sempre acaba estragando o cesto. A valorização de quem caminha junto numa mesma direção não tem preço, mas poucos sabem reconhecer aqueles que estão sempre prontos a servir por acreditar num ideal e não aqueles que surgem apenas no momento oportuno para si mesmos.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Dê dignidade ao seu amor!

Freqüentemente, confundimos amor com carência. Deixamos essa sensação de vazio e solidão ocupar nosso coração de tal forma e com tal intensidade que perdemos a referência dos nossos mais profundos sentimentos.
No entanto, fiquei pensando num antídoto para esses enganos e não me veio nada melhor que a palavra “dignidade”! Palavra essa que tem a ver com honra, amor-próprio, respeito, enfim, autoridade para amar!
É isso: que tenhamos autoridade para amar!!! Porque usar as dificuldades de uma relação para rapidamente ocuparmos o papel de vítimas é o que temos feito quase sempre. Mas nos falta coragem para admitir nossas limitações, para conseguir reconhecer o outro como um mestre, um espelho de nós mesmos.
Porém, esquecemos que da mesma forma que esse espelho nos mostra nossas feridas e dores, nossos buracos e medos... da mesma forma que ele escancara nossa insegurança e evidencia muitas de nossas máscaras... ele também nos mostra nossas qualidades, nossa sabedoria, nossos dons e brilho pessoal.
É no exercício de amar e compartilhar o que temos de mais íntimo, que podemos perceber quem realmente somos, desde que estejamos dispostos a nos olhar, a nos autoconhecer e nos reconhecer exatamente como somos. A partir de então, podemos iniciar um processo de transformação, de autotransmutação. Essa é a grande magia do amor. É a alquimia do coração!
Muito mais importante do que ficarmos o tempo todo fazendo questionamentos sobre os conceitos e as regras do amor, é a oportunidade que temos de compreender a força e o poder contidos no momento presente, no agora!
Portanto, sugiro que você relaxe e pare de se preocupar com perguntas como “será que encontrei minha alma gêmea?”, “será que vai dar certo?”, “será que devo me expor, ser sincera e mostrar o que sinto?”. Chega de tantas suposições para amar! Chega de buscarmos tantos motivos, tantas respostas, tantas garantias... Que possamos simplesmente nos deixar absorver pelo que a vida está nos oferecendo neste instante; que possamos nos agarrar à preciosa chance de nos encontrarmos, de finalmente enxergarmos a nossa própria alma através do amor, do que o outro se torna em nossas vidas.
É a intensidade com que você vive que faz a sua vida realmente valer a pena! É a sua decisão de acreditar que o seu poder pessoal está dentro de você – e nunca no outro – que faz com que o amor se transforme num caminho para a sua evolução e não num jogo onde ganha quem está “sempre por cima”... Isso é uma grande perda de tempo! Um enorme desperdício de energia, sentimento e possibilidades.
Olhe para o outro e enxergue nele, de uma vez por todas, o amor que você tem para dar, a alegria que você pode proporcionar, o encanto que brilha em sua essência. Tudo, absolutamente tudo, inclusive o amor, acontece de dentro pra fora! Mas enquanto você insistir em atribuir à vida, ao outro ou à relação tudo o que você sente de bom ou de ruim, nada terá sido verdadeiramente seu...
Dê dignidade ao seu amor, assim como a tudo que faz parte de você. Seja a sua dor, o seu desespero, a sua falta de autoconfiança, o seu medo de não conseguir... Não importa: que você seja digno enquanto chora e enquanto ri. Enquanto ama e enquanto perde o seu amor. Que você possa ter autoridade sobre seu coração durante todos os dias de sua vida, porque depois dos momentos mais difíceis que você passar, restará apenas isso: a sua dignidade e, sobretudo, a sua capacidade de recomeçar e amar novamente... sempre de uma maneira nova, mais inteira, mais você!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

quarta-feira, 7 de março de 2007

"Eu quero uma casa no campo"


"Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
e nada mais".

sábado, 3 de março de 2007

Que direito tem, se você vendeu seu voto?



Não acredito, quando o seu espírito é solidário e no mínimo, humano, que seja bom assistir de camarote as mazelas vividas pelo povo. No entanto, na noite de sexta-feira, me senti aliviada e consegui dormir tranqüilamente depois de ver as pessoas do bairro onde moro se indignarem com a inércia do poder público municipal diante das verdadeiras crateras formadas naquilo que chamamos de ruas.
Um grupo espalhou pneus na RJ-216, na Campos-Farol e colocou fogo, impedindo que o trânsito fluísse na rodovia estadual e obrigando as pessoas que estavam a caminho da praia campista para o show de Zeca Pagodinho, cujo valor estimado foi de R$ 180 mil, conhecessem a realidade de um dos bairros municipais, onde a população paga rigorosamente em dia seus impostos e para o qual, a prefeitura virou as costas.
Descontentes com os governantes, demonstraram através de um sentimento de cólera, a insatisfação e, de certa forma, o arrependimento em ter compactuado ao eleger políticos que nunca se preocuparam com as necessidades de sua população.
A ignorância cega e não deixa conhecer como verdadeira é a corrupção. Se muitos dos que hoje vivem dentro d´água, com casas alagadas, que passam necessidades, não conseguem bolsa de estudos para os filhos e vivem outras formas de indiferença, tivessem percebido na época eleitoral que o candidato que queria comprar seu voto, desejava apenas corrompê-lo, não estaríamos passando por tanta privação. E se ele quis corrompê-lo, meu querido amigo, é porque ele é uma pessoa corruptível. Cedo ou tarde, se corrompe no seu mandato. Provavelmente mais cedo do que tarde.
Para quem pensa que isso não influencia em sua vida e acaba vendendo o único instrumento de cidadania que possui, basta ver que aqueles que compraram seu voto por meros R$ 50, são os que hoje legislam em causa própria. Seja essa causa diretamente ligada ao sujeito eleito, seja ligada a alguém que este queira favorecer.
Os carros passaram pela minha rua, também esburacada. Mas o engraçado era ver pessoas que participaram da compra e venda de votos nas últimas eleições, colocando fogo nos pneus ou participando da manifestação. O certo, para quem não comunga da mesma sujeira no crime da compra de votos, é ir pra frente da casa desses que venderem nossos direitos e exigir deles um posicionamento, afinal de contas, eles nunca terão o direito de reclamar, pois o único direito que possuíam, abriram mão ao vender por qualquer nota de R$ 20 ou R$ 50.
O povo tem que aprender, mesmo que através das necessidades e tristezas, que se você vende seu voto, você vende a sua cidadania. E cidadania não se vende, se exerce. Se você vende o seu voto, você vende o seu direito de escolha. E direito de escolha não se vende, se exercita com a consciência da responsabilidade social. É sempre pensando em solidariedade que me apresento em todas as eleições para votar. Este, penso eu, deveria ser o sentimento de todos. Votar para melhorar a sociedade em que vivemos e convivemos.