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domingo, 24 de maio de 2009

Para mulheres resolvidas!



As pessoas mudam com o tempo, isso é fato. Não há como contestar.
No corre-corre do dia-a-dia, raras são as oportunidades para refletir sobre o que acontece em nossa vida, mas em muitos momentos nos lamentamos pelas coisas não feitas, que passaram despercebidas.
Por exemplo, aos 20 e poucos anos, sonhava veemente em chegar aos 30. Nada contra mulheres com menos de 30, no entanto, sempre achei que seria mais interessante, sedutora, irresistível e bem mais inteligente. Tudo bem que aos 20 existe aquele frescor juvenil, é verdade. Mas também aquele ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesmo e de um relacionamento. A mulher de 30 anos não sustenta mais aquele ar ingênuo, que é característico de quando temos 20 e poucos. Só que, convenhamos, isso chega a ser compensado por outros atributos que nos envolvem aos 30.
Como nos conhecemos melhor aos 30, somos mais autênticas, centradas, certeiras – no trato conosco e com quem nos relacionamos. Temos uma relação mais saudável com o próprio corpo e até orgulho das formas sinuosas. Não brigamos mais com nada disso. Na verdade, percebo que depois dos 30, queremos brigar o menos possível. Estamos interessadas em absorver do mundo o que nos parecer justo e útil, ignorando o que for feio e baixo-astral. Queremos ser felizes. Se quem está em nossa companhia não gosta do jeito que somos, vamos procurar outra pessoa e preenchemos o espaço. Só queremos quem nos mereça. Essa é a verdade!
Aos 30 anos, sabemos nos vestir. Dominamos a arte de valorizar os pontos fortes e também, de disfarçar o que não interessa mostrar, claro. Sabemos escolher sapatos e acessórios, tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo. Gastamos mais, porque temos mais dinheiro, lógico! Mas, sobretudo, gastamos melhor.
Carregamos um olhar muito mais matador além de fingirmos indiferença com mais competência quando interessa repelir.
Não somos mais bobinhas. Não que fiquemos menos inconstantes. Aliás, mulher que é mulher não vestiria duas vezes a mesma roupa e nem se importaria em acordar dois dias seguidos sozinha. Aos 30 anos, já sabemos lidar melhor com esse aspecto peculiar da condição feminina. E poupamos (exceto quando não queremos), nosso parceiro desses altos e baixos hormonais que aos 20 nos atingiam - e quem mais estivesse por perto – irremediavelmente.
Aos 20, a maioria tem espinhas. Aos 30, surgiram pintas, encantadoras trilhas de pintas que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos. Sim, aos 20 anos, geralmente somos escolhidas. Aos 30, quem escolhe somos nós!
Não usamos roupas íntimas engraçadinhas, porque valorizamos lingeries com altíssimo poder de fogo, além de aprendermos a nos perfumar na dose certa, com a fragrância exata que combina estilo, elegância e muita, muita personalidade. Aos 30, mais do que aos 20, cheiramos bem, nos tornamos uma visão, fazemos aguçar sentidos e chegamos a provocar apetite, anseios.
Aos 30, somos mais naturais, sábias e serenas. Menos ansiosas, menos estabanadas – porque não? Até nossos dentes parecem mais claros e os lábios mais reluzentes, além do brilho da pele não ser de oleosidade dos 20, mas pura luminosidade. Aos 30, buscamos mãos plásticas e perfeitas, desenvolvendo um toque ao mesmo tempo firme e suave. Acontece alguma coisa com os cílios, o desenho das sobrancelhas, o jeito de olhar. Está tudo mais glamouroso, mais sexualmente sagaz.
Aos 30, ao ousarmos, no que quer que seja, costumamos acertar em cheio. No jogo com os homens, já aprendemos a atuar no contra-ataque. Quando pensamos em dar o bote, é para liquidar a fatura. Sabemos dominar nosso parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostramos nossa força na hora certa e de modo sutil. Não para exibir poder, mas para resolver tudo a nosso favor antes de chegar ao ponto de precisar exibi-lo. Conseguimos o que pretendemos sem confrontos inúteis. Sabiamente, gozamos das prerrogativas da condição feminina sem engolir sapos supostamente decorrentes do fato de sermos mulheres.
Contudo, se você, amiga leitora, anda preocupada porque não tem mais 20 anos - ou porque ainda tem, mas já percebeu que eles não vão durar para sempre -, fique tranqüila, desencane. É precisamente aos 30 que o “jogo da vida” começa a ficar bom.