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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O que é verdade e o que é mentira?


Será que a mentira virou verdade? Diante de tantos documentos e intervenções da Justiça, os acusados batem no peito e berram: “É mentira!” Parece que estamos vivendo em dois mundos diferentes: um corroído por ratos políticos e outro povoado de puros anjos. E o mais interessante disso tudo é que são os mesmos homens.
Na verdade, o povo está diante de um problema milenar que ganha proporções ainda maiores com o passar do tempo: saber o que é verdade e o que é mentira. A verdade são as provas evidentes de crimes cometidos que a Justiça descobre ou os desmentidos dos que os cometeram? (xi!)
A anomalia do Judiciário parece proteger a “verdade/mentira”, utilizando muitas vezes de argumentações engenhosas com o lema de que “o réu é inocente até que se prove o contrário”. Tudo bem, só que aqui nada prova nada nunca: nem o superfaturamento de obras pela Prefeitura de Campos, por exemplo; nem as contas bilionárias no exterior; nem o desvio do dinheiro público ou a evidência das bocas-de-urna (lembram?).
Na verdade, nossas “verdades” mais profundas foram construídas por mais de 500 anos de mentiras. Portanto, esse pode ser o motivo de proteção à mentira brasileira inventada desde o início de tudo, quando foi criado o DNA dos canalhas que vemos hoje na TV, nos jornais, nas emissoras de rádio e até mesmo, frente-a-frente conosco, negando tudo.
Se a verdade aparecesse por completo, nossas instituições cairiam ao chão junto com muitos queixos. Mas tudo está ficando tão claro, insuportável, que, talvez, tenhamos de correr esse risco de quebra, apesar do perigo de alguém correr na tentativa de restabelecer a paz “da verdade das mentiras”. Por isso, o governo acha que é necessário proteger as mentiras, para que a falsa verdade permaneça. Entendeu?
O prefeito entra dizendo que vai usar a verdade para combater a mentira e logo, logo, está usando a mentira para fazer valer sua nova “verdade”.
Mocaiber diz: “Eu dou cheque em branco aos meus secretários”. Sabemos que é mentira, pois o prefeito pensa: “A verdade não pode ser dita; preciso da mentira para que o sistema não caia, para que meu governo não se desmantele e para que eu me reeleja. Eu minto em nome de uma verdade maior!”.
Outros políticos já usaram ladrões também, mas lhes impunham sutis limites, mas esse governo despreza a democracia “medíocre” e abriu a porteira com orgulho para os ladrões e ficou prisioneiro deles, sem contar os patifes disfarçados. Ah! Esses são os que mais existem no “governo da paz”.
A verdade é que os políticos ladrões continuam uns gatos e nós, caros colegas, uns patos.

Definitivamente, Deus não é surdo!


Depois de um exaustivo dia de trabalho, chego a casa com a certeza de que poderei descansar meu corpo fadigado pelo exercício demasiado da função e o compromisso incansável de informar, quando de repente, já no aconchego do meu quarto e em estado sonolento, eis que um berro espanta toda uma precisão de dormir, além de provocar o susto pelo medo repentino de estar acontecendo algum fato imprevisto.
Não era fogo tomando alguma moradia, nenhum acidente com vítima fatal e também não foi um gol do Brasil na Copa do Mundo. Tratava-se de uma manifestação religiosa, ou seja, um culto onde os presentes acreditam que, para adorar ou homenagear Deus em qualquer de suas formas ou religião, basta ter um bom pulmão e aquele que berrar mais alto é justamente o que será primeiro atendido em seus pedidos de oração.
Quero esclarecer aqui que não tenho absolutamente nada contra qualquer manifestação religiosa, desde que a mesma não perturbe a paz e tenha uma hora determinada para acabar. Também não estou discutindo religião e sim o direito do ser humano em poder, depois de um intenso dia de labuta, descansar e recuperar as energias para o trabalho do dia seguinte.
Qualquer que seja a religião, acredito que um dos princípios ensinados por Deus é “amar ao próximo como a ti mesmo”. No entanto, esse não parece ser o adotado pelos meus vizinhos, porque se conseguem berrar tão alto a ponto de incomodar não só os moradores da quadra onde acontece o culto, mas a quase todo o bairro, sinceramente é porque além de não ter amor ao próximo, desconhece a verdadeira essência dos ensinamentos do Pai.
Em certo trecho da bíblia, cita-se “quando fores orar ao Pai, entra pra dentro de ti e em silêncio”. Portanto, em momento algum a bíblia traz em seu conteúdo “gritai e berrai ao Senhor para que tua oração seja ouvida e seus pedidos, atendidos”.
Aliás, se for para analisar friamente a questão e pedindo, desde já, perdão por minhas palavras, é como se acreditassem que Deus tem algum problema de audição e por isso, em sua ignorância, colocam potentes caixas de som para que possam fazer ecoar os berros dos irmãos presenteados com gargantas abençoadas, que conseguem atingir quilômetros de distância e entrar, sem pedir licença, nos lares de muitas famílias.
Essa é só uma amostra de que a Educação não é só exercício constante no aprendizado escolar, mas na vida diária, no convívio com familiares e na comunidade em que moramos. E que, por mais que tenhamos diferenças de classe, cor ou religião, o respeito ao direito do próximo deve ser levado em consideração para que sejamos justos primeiramente entre nós e, depois, para que tenhamos a integridade de nos fazer ouvir por Deus, que escuta e protege de igual forma a todos nós, e não será o volume exacerbado dos gritos que nos fará ser mais ou menos ouvido.