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quarta-feira, 27 de junho de 2007

Não há receita para o relacionamento perfeito



Da mesma maneira que existe uma infinidade de livros sobre relacionamentos, assim são as revistas de comportamento. Parece que advinham a fase de nuvens negras que você está vivendo e, lá estão elas estampadas nas bancas como se fossem a última esperança para a conquista da felicidade, seja no pessoal ou no profissional.
Comprovadamente, o público feminino é o maior consumidor de revistas e livros sobre romance e auto-ajuda. Mas o que isso quer dizer? Serão as mulheres os seres mais complicados do universo e que sempre precisam de uma “forcinha” para garantir seu espaço no concorrido mundo machista ou trata-se de uma expressiva porcentagem da população preocupada em procurar a solução para os problemas resolvendo-os desde a raiz?
Nas decepções que sofremos, nas crises que nos abalam constantemente e nos ensinamentos que a vida transmite com os erros cometidos, a questão é que nunca nos preocupamos em tirar pelo menos uma lição e aplicá-la no restante dos nossos dias. Erramos incansavelmente e ainda assim, depois de tanta mágoa e expectativas frustradas, voltamos a errar, porque repetidamente, ignoramos os ensinamentos da vida.
Enquanto não entender e aceitar que a prioridade em sua vida deve ser você sempre, não estará pronta para amar e ser amada. Amores vêm e vão como num passe de mágica? Não é bem assim, mas chegam como uma suave brisa e vão como verdadeiros tornados, deixando destruição para todos os lados e apenas a meta de construir tudo de novo, com o risco de um outro fenômeno se manifestar.
Viver a realidade de estar sozinha depois de passar por um tornado é difícil pra qualquer um, no entanto, o que consola é saber que esse não é um problema só meu ou seu, mas de milhares de mulheres que se vêem todos os dias diante de relacionamentos desfeitos.
E diante disso, não adianta comprar livros e mais livros que dão dicas de como obter sucesso no relacionamento, se não buscar em si a disposição para mudar o que verdadeiramente está errado. Utilizar os erros para refletir sobre problemas a serem trabalhados é além de uma atitude sensata, inteligente.
A receita do amor perfeito não está em livros e em conselhos de amigos. Está dentro de cada um de nós, porque o maior erro em uma relação é depositar no outro a responsabilidade de lhe fazer feliz.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Auto-afirmação aos seres inferiores

     A auto-afirmação é digna de seres que utilizam de meios escusos para sustentar sua incapacidade em adquirir reconhecimento através de um trabalho sério, limpo e no mínimo, humilde perante os outros. É assim que um verdadeiro profissional conquista a estabilidade, sem precisar invadir o espaço alheio e muito menos, tentar - sem sucesso -, passar por cima de outrem em troca de dinheiro.


     Além de uma atitude tão mesquinha e infantil, de quem se auto-intitula “profissional apaixonado pela atividade que exerce”, fica a péssima imagem de alguém com pouquíssimas qualidades para viver e trabalhar em equipe, entre pessoas que precisam de dinheiro para sobreviver, mas destacam sua paixão pela camisa que vestem 365 dias no ano, 24 horas por dia, porque para quem ama o que faz e a instituição que representa, não há dia ruim, seja ele de sol ou de chuva.


     Oportunistas aparecem de todos os lados e, enquanto o mundo der chance a essas pobres criaturas carentes por consolidar seus facilmente esquecíveis nomes, elas tentarão se firmar em algo ou então, em alguém “que as indique”, afinal de contas, parece bom viver eternamente em um andador, principalmente aos que sempre plantam dificuldades visando colher facilidades.


     Nessa de tentar conquistar espaço de forma desleal, desumana e dissimulada, não é difícil prever o final trágico de pessoas que buscam reconhecimento a todo custo, utilizando até mesmo da habilidade de enganar. O mundo está cheio de “espertos”, “velhacos” ou melhor, “gente sonsa” que demonstra ser íntegra, exímio profissional e se esforça para ser capaz, mas que não passa de uma pobre ilusão, um erro que toda grande instituição está sujeita a cometer ao dar chance a aproveitadores.


     Pessoas que precisam de auto-afirmação a todo momento e a qualquer preço, são seres pequenos, inferiores em sua qualidade enquanto humanos e menores ainda no profissional, que sempre deixa a desejar. Isso porque ninguém quer ter por perto gente traiçoeira, armadora e astuta, tão somente dignos de pena, ou melhor, da compaixão de quem sabe perdoar.


     À essas pessoas, desejo sorte e espero distância, porque um fruto ruim sempre acaba estragando o cesto. A valorização de quem caminha junto numa mesma direção não tem preço, mas poucos sabem reconhecer aqueles que estão sempre prontos a servir por acreditar num ideal e não aqueles que surgem apenas no momento oportuno para si mesmos.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Dê dignidade ao seu amor!

Freqüentemente, confundimos amor com carência. Deixamos essa sensação de vazio e solidão ocupar nosso coração de tal forma e com tal intensidade que perdemos a referência dos nossos mais profundos sentimentos.
No entanto, fiquei pensando num antídoto para esses enganos e não me veio nada melhor que a palavra “dignidade”! Palavra essa que tem a ver com honra, amor-próprio, respeito, enfim, autoridade para amar!
É isso: que tenhamos autoridade para amar!!! Porque usar as dificuldades de uma relação para rapidamente ocuparmos o papel de vítimas é o que temos feito quase sempre. Mas nos falta coragem para admitir nossas limitações, para conseguir reconhecer o outro como um mestre, um espelho de nós mesmos.
Porém, esquecemos que da mesma forma que esse espelho nos mostra nossas feridas e dores, nossos buracos e medos... da mesma forma que ele escancara nossa insegurança e evidencia muitas de nossas máscaras... ele também nos mostra nossas qualidades, nossa sabedoria, nossos dons e brilho pessoal.
É no exercício de amar e compartilhar o que temos de mais íntimo, que podemos perceber quem realmente somos, desde que estejamos dispostos a nos olhar, a nos autoconhecer e nos reconhecer exatamente como somos. A partir de então, podemos iniciar um processo de transformação, de autotransmutação. Essa é a grande magia do amor. É a alquimia do coração!
Muito mais importante do que ficarmos o tempo todo fazendo questionamentos sobre os conceitos e as regras do amor, é a oportunidade que temos de compreender a força e o poder contidos no momento presente, no agora!
Portanto, sugiro que você relaxe e pare de se preocupar com perguntas como “será que encontrei minha alma gêmea?”, “será que vai dar certo?”, “será que devo me expor, ser sincera e mostrar o que sinto?”. Chega de tantas suposições para amar! Chega de buscarmos tantos motivos, tantas respostas, tantas garantias... Que possamos simplesmente nos deixar absorver pelo que a vida está nos oferecendo neste instante; que possamos nos agarrar à preciosa chance de nos encontrarmos, de finalmente enxergarmos a nossa própria alma através do amor, do que o outro se torna em nossas vidas.
É a intensidade com que você vive que faz a sua vida realmente valer a pena! É a sua decisão de acreditar que o seu poder pessoal está dentro de você – e nunca no outro – que faz com que o amor se transforme num caminho para a sua evolução e não num jogo onde ganha quem está “sempre por cima”... Isso é uma grande perda de tempo! Um enorme desperdício de energia, sentimento e possibilidades.
Olhe para o outro e enxergue nele, de uma vez por todas, o amor que você tem para dar, a alegria que você pode proporcionar, o encanto que brilha em sua essência. Tudo, absolutamente tudo, inclusive o amor, acontece de dentro pra fora! Mas enquanto você insistir em atribuir à vida, ao outro ou à relação tudo o que você sente de bom ou de ruim, nada terá sido verdadeiramente seu...
Dê dignidade ao seu amor, assim como a tudo que faz parte de você. Seja a sua dor, o seu desespero, a sua falta de autoconfiança, o seu medo de não conseguir... Não importa: que você seja digno enquanto chora e enquanto ri. Enquanto ama e enquanto perde o seu amor. Que você possa ter autoridade sobre seu coração durante todos os dias de sua vida, porque depois dos momentos mais difíceis que você passar, restará apenas isso: a sua dignidade e, sobretudo, a sua capacidade de recomeçar e amar novamente... sempre de uma maneira nova, mais inteira, mais você!