Existem
diversos tipos de relacionamentos, mas sobretudo, resumem-se nos que lhe
proporcionam prazer em estar com alguém e os que tornam, aos poucos, o convívio
um fardo que, a cada dia, fica ainda mais pesado e difícil de ser suportado, até
mesmo pelo mais paciente, compreensivo e esclarecido ser humano.
Homens
e mulheres são complexos por natureza. No entanto, esta complexidade nem sempre
se trata de algo possível e passível de entendimento. Há um misto de
sentimentos em jogo que podem ser observados sob diferentes aspectos, mas só
quem está diretamente envolvido saberá se vale ou não a pena, seguir a diante.
É
fato que ninguém é igual. Podemos ter traços semelhantes, pensamentos parecidos
e até sentimentos com a mesma grandeza e valor, mas, ainda assim, nem mesmo
eles são iguais em sua intensidade, verdade.
Aceitar
o outro como ele é talvez seja o maior de todos os desafios de quem vive um
relacionamento. Às vezes somos egoístas, pensamos apenas nos nossos sentimentos
sem deixar sequer o outro se abrir e demonstrar o que sente, o que deseja. E
neste pequeno mundinho de sentimentos limitados e incapazes de nos fazer
grandes em nosso querer como seres humanos, limitamos quem dizemos amar com
tanta veemência.
Sabemos
também ser racionais a ponto de dar ao outro o espaço necessário para se deixar
sentir, amar e demonstrar o seu querer, porém são infinitas vezes que nos vemos
impedindo quem amamos de manifestar seus sentimentos, de se abrir, como se tivéssemos
a fórmula exata de algo que não temos como mensurar ou definir. Porque o amor é
exatamente isto, algo que não conseguimos explicar, mas podemos sentir das mais
maravilhosas formas, desde um olhar sincero e apaixonado até no simples gesto
de acolher em um abraço alguém que nos faz tão bem e pelo qual somos capazes de
dar nossa vida.
Amar
é isso: a capacidade de se dar ao outro entendendo suas complexidades e
respeitando suas diferenças, mas, sobretudo, deixando ele ser quem realmente é.
Assim, demonstramos que amamos o outro exatamente como é em sua essência, sem
tentar mudá-lo, transformá-lo ou desejar que seja como gostaríamos que fosse.
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