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sábado, 14 de julho de 2018

Adeus amigo!

Do mesmo jeito que apareceu, ele também foi embora. Com a mesma alegria e carregando no peito aquela inesgotável disposição. Ficou pouco tempo. Mas foi o suficiente para me encantar e, logo, deixar meu coração apertado ao vê-lo ficando pequenininho através da distância.
O portão se abriu para o carro passar e ele foi saindo pelo cantinho. Nada planejado, pois ao me ver saltou com a mesma felicidade de sempre. Até convidou-me a brincar, mas aproveitou minha distração com a Hanna (nossa labradora) para ganhar a rua e a liberdade sempre desejada.
Saí atrás dele, mas foi tomando cada vez mais distância. Quanto mais eu chamava, mais ele corria para longe. Andei alguns metros e desisti. Percebi que era em vão tentar prender o que não nos pertence. E ele nunca foi nosso, embora eu quisesse muito que fosse.
Eu fiquei triste, mas não impedi sua partida. Não é assim que a gente faz com quem a gente gosta? Pelo menos é assim que as mães fazem com os filhos que crescem e tomam seu rumo. É assim que os casais equilibrados fazem quando um resolve ir embora. Só deixa ir, mesmo que sinta falta. Mesmo que haja dor. Mesmo que a gente se apegue muito. Mesmo que a gente tenha planos para aquele ser tão querido. Foi assim com ele, mas querer bem é querer o outro sempre feliz. Né?
O pouco tempo que ficou, Fred (como já o chamávamos) movimentou nossas vidas. Fez sucesso nas redes sociais, encantou cadelinhas inocentes, assombrou os vizinhos, deixou frutos. Essa deve ter sido apenas mais uma de suas aventuras. Seu espírito era livre demais mesmo para se contentar com um quintal.
Só espero que tenha encontrado seu lar original. Se ele realmente lembrou o caminho de volta pra casa, bom, alguém deve estar muito feliz com seu retorno. Torçamos pra que tudo dê certo para nosso adorável labrador fujão.

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