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sábado, 29 de março de 2008

“Nascer sorrindo, viver fingindo e morrer mentindo”


Esta parece ser a receita dos políticos corruptos do nosso país e, porque não, da nossa querida Campos. Desde o ano passado, a população campista esperava ansiosa o pronunciamento da Justiça para dar um basta nos desmandos e descasos vividos nessa cidade. Os valores pagos pela Prefeitura de Campos com o aval do Chefe do Executivo para obras que não saíram do papel e outras que tiveram valores escancaradamente superfaturados, enriqueceram algumas dúzias de empreiteiros, assessores e amigos particulares do prefeito afastado Alexandre Mocaiber, que ostentam luxos em suas mansões e carros importados que ainda trafegam pelas ruas esburacadas do município.

E embora tenha feito tanta coisa errada em pouco tempo de governo, ainda assim, Mocaiber cogita a idéia de voltar a atuar “afanando” - não é isso? -, o dinheiro público que deveria ser destinado à saúde, educação, saneamento básico e infra-estrutura. Parece que o período em que agia de má fé foi pouco para juntar um dinheirinho, afinal de contas, quem esquece quase R$ 30 mil em um cofrinho “por cinco anos” - como ele mesmo declarou achando ser sua defesa -, precisa mesmo de muito dinheiro para fazer esquecer valores menores. Aliás, não podemos esquecer do banheiro público construído pelo mesmo valor que havia no cofre de Mocaiber, em Goitacazes.

Em todos os eventos que o prefeito afastado aparecia, exibia aquele seu sorriso cínico, descarado e despreocupado com o que o futuro lhe esperava. Pessoas como ele, são acostumadas a tentar calar a Justiça com dinheiro – o mesmo que deveria estar garantindo o essencial à população. Repugnante olhar imagens de um ladrão usando o que não lhe pertence em benefício próprio, porque este homem ao qual chamávamos de prefeito não é melhor que qualquer ladrão de galinha. A diferença entre um e outro é o maldito foro privilegiado.

E não pense que as outras pessoas que estavam com ele no camarote de R$ 100 mil na Marquês de Sapucaí, no último mês de fevereiro, são menos culpadas ou participam menos da quadrilha que afanava os cofres públicos de Campos. São cúmplices e coniventes, por fingirem não ver nada ou simplesmente ajudavam a encobrir o mal praticado por Mocaiber e seu bando de larápios.

É por isso que digo que já nasceram sorrindo, vivem fingindo que nada aconteceu e morrem negando o que fizeram, mentindo até o último segundo.

Riquezas foram feitas às custas do povo de Campos. Palácios, mansões foram erguidas enquanto a população padecia de abrigos. Luxos eram sustentados durante os shows superfaturados que iludiam as pessoas, no mais claro exemplo de descaso. Esperanças eram frustradas pelas obras que nunca saíram do papel, mas mesmo complicando a vida de centenas, enriqueceram alguns gatos pingados.

Costumo dizer que vergonha, em Campos, passou a ser artigo raro. Aqui, a desonra, o vexame e a humilhação que muitos passaram ao serem algemados e desmascarados em rede nacional, não atingiu em nada a quadrilha que atuava abertamente e muito menos, aos que eram favorecidos por baixo dos panos com propinas. Porém, os que foram presos são apenas peões, porque o chefe da quadrilha continua solto e a população quer saber quando ele vai pagar pelos crimes que cometeu.

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